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Como ex-Corinthians impediu 'substituto' de Pablo Maia de virar goleiro anos antes do São Paulo

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Bobadilla relembra sonho de ser goleiro quando criança e revela até 'cornetadas' do pai no início da carreira: 'Sofria com isso' (2:57)

O volante do São Paulo falou sobre a influência do pai em sua carreira (2:57)

Ganhando cada vez mais espaço no time do São Paulo, Damián Bobadilla terá a dura missão de ser um dos substitutos de Pablo Maia no meio-campo do time de Luis Zubeldía. E você sabia que o paraguaio tinha o sonho de, na verdade, ser goleiro e não jogador de linha?

Pois é, quando criança, Bobadilla tinha o desejo de ser como o pai, Aldo Bobadilla, notório ex-goleiro paraguaio que acumulou passagens por Cerro Porteño, Boca Juniors e Corinthians, entre outros clubes, além de servir à seleção de seu país em duas Copas do Mundo.

Inclusive, La Muralha, como era conhecido o Bobadilla pai, tem grandes números enfrentando o São Paulo. Foram sete partidas, com quatro vitórias, três empates e nenhuma derrota, incluindo o título da CONMEBOL Recopa de 2006 pelo Boca Juniors.

E foi justamente Aldo quem intercedeu e colocou o filho em outra posição. Em entrevista à ESPN, Damián relembrou como foi a mudança de goleiro para o meio-campo.

"Queria ser goleiro quando era criança. Assistia aos jogos e treinos do meu pai, e todo filho sonha em ser como o pai. Então, eu queria também ser goleiro. Mas ele falou para mim que não, que eu tinha que jogar no campo, fora do gol. E aí foi que fui gostando de jogar fora e fiquei no meio", contou o paraguaio.

Aldo não foi decisivo na carreira de Damían apenas na sugestão de troca de posição. O ex-goleiro era muito rígido com o próprio filho e não aliviava na "corneta".

"Ele é um cara muito exigente. Quando eu era criança, ele ficava muito bravo quando eu não jogava bem. Agora que sou profissional, ele não fala mais nada. Mas quando eu era criança, sofria muito com isso", explicou o jogador.

Aldo Bobadilla teve uma rápida passagem pelo Corinthians em 2010, após a Copa do Mundo da África do Sul. Contudo, ele não foi aproveitado pelo Timão e foi embora sem sequer entrar em campo.

Mas a experiência no Brasil acabou ajudando seu filho. Damián, que ainda era criança na época, foi matriculado em uma escola de São Paulo e conseguiu aprender português em pouco tempo.

"Estudei aqui quatro meses na escola e nunca esqueci do português. Sempre gostei de falar português na minha casa às vezes, brincando com a família. E isso ajudou muito na minha adaptação, para compreender melhor os trabalhos, o que o treinador pede, o que os companheiros pedem para mim dentro do campo", disse Bobadilla.

Na noite desta quarta-feira (8), às 21h30 (de Brasília), o camisa 21 será uma das opções de Zubeldía na partida entre São Paulo e Cobresal, no Chile, pela CONMEBOL Libertadores. Caso o Tricolor vença seu duelo e o Talleres triunfe contra o Barcelona-EQU, jogando na Argentina, a equipe do Morumbis já estará garantida no mata-mata da competição.

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